quarta-feira, dezembro 27, 2006

"Eu não sou nem sou o outro... sou qualquer coisa de intermédio..."

Sendo duas muito próximas nem sei já quem sou…

Uma é a sombra que envolve e a outra não é mais que uma sombra que a acolhe… e entre dois cinzentos que se abraçam aqui estou, fora deles olhando para descobrir onde acabam e começam, para saber onde estou.

Mas estas sombras abraçadas dançam alegres, sem vontade de parar ou de me levar, e eu triste vou embora sem vontade de voltar.

Então o que sou e onde vou? Não sei para onde caminho… mas faço-o vazia de mim, as sombras que sou abandonaram-me deixando-me num nada sem fim

terça-feira, dezembro 26, 2006

Lágrimas

Desce pela cara leve e solta, parece bonita transparente mas leva consigo tudo de mim o que consegue carregar… e é muito… são sorrisos, força para continuar…

O corpo vai cedendo e está a perder as forças porque cada uma que me abandona faz isto comigo, descem lampeiras as lágrimas e já não querem voltar…

Já nem levam muito tempo a decidir que não vão ficar, num momento qualquer nascem gordas ao canto e sem medo jogam-se ao mundo, ás vezes já nem precisam do aconchego da pele para ir descendo… vão logo dali ao chão decididas a não voltar mais.

Se as minhas lágrimas fossem coisas seriam muitas coisas mas neste momento o que são? … formigas em carreirinha que abandonam a casinha e vão em busca de doce longe, muito longe daqui...

sábado, dezembro 09, 2006

O que fazer com a dor...

... nada melhor que aprender com ela.

Pego nela e vou embora, deixando de pensar como é duro senti-la pensando que de certo fará de mim alguém maior.

Quero deixar de sofrer porque sou esquecida ou adiada e quero muito começar a ser melhor para ser muito desejada, ou para nem fazer falta senti-lo porque em mim já estou completa.

Dia triste este o da ida, com tanta alegria escondida, quem é o aluno afinal que não gosta de aprender a ler ou a contar, para com leituras voar...

Espero tudo o que tiver que esperar por uma pessoa melhor em mim, desculpa-m aquilo que sou eu no fundo não sou ruim.


segunda-feira, novembro 27, 2006

sábado, novembro 18, 2006

Muito meu amor...

Beijos doces, carícias suaves, abraços quentes, olhos brilhantes, mãos carinhosas, corpo gentil que me recebe e se entrega sem pedir mais nada... cada coisa que és tem algo mais, tem sempre um apêndice, um adjectivo bom que te acompanha.


Não és, nem nunca poderás ser, uma palavra singular porque um idioma imenso possui adjectivos infinitos para te classificar... o nosso idioma... o do coração.

in rodopios 18.04.06

sexta-feira, outubro 06, 2006

A maré está a vazar...

Não sei para que escrevo nem para quem escrevo quando as palavras já não servem, sinto-me desesperada e não sei a que recorrer…

Mesmo quando recorri ás flores escrevi para ti…, mesmo quando recorri aos almoços, escrevi para ti, mesmo quando dormi contigo longe do meu sossego, sabes que tudo isso tinha por trás um texto transbordante de palavras de amor e de rimas tontas e imbecis que ilustram o amor intenso…

Amor intenso, é isso e só isso que sinto por ti, mas jogo com palavras e mudo aqui e ali. Para dizer sempre o mesmo, dizer que gosto de ti… e agora as palavras não são amigas porque são muitas e afogam-te de mim… o mar que escrevo enrola e está a vazar por ti!

quinta-feira, setembro 28, 2006

O que o amor precisa...

Precisava muito de dormir abraçada a ti....

sexta-feira, setembro 15, 2006

Ridículas...

Todas as cartas de amor são ridículas, já dizia Pessoa .. Pessoa que em cada poema revelava um pouco de cada pessoa que há em nós, já que havia nele um pouco de todos... ser tão grandioso que era!
E mais ridículas ainda são as esperanças românticas com o amor acopladas, esperanças que são fantasias, mas que quando as nossas forças fraquejam tornamos esperanças, adiando o nunca para um amanhã que existe sempre...
Mas nunca deixa de ser nunca porque, a cada dia, o primeiro que faz é vestir-se de novo de amanhã... e a esperança vai-nos lançando, cheios de força, para a frente, e sem chegar já nem precisamos que chegue porque fizemos sozinhos aquilo que na esparança fariamos os dois, num acto de amor exacerbado provando ao mundo que o que disse era mentira!

E é mentira, mas o amor traz esperança e a mentira pode se-lo só amanhã... ou depois ou depois, ou depois, ou nunca se tivermos sempre esperança!

Sentimentos ridículos que nos dão esperança, em si grave, mas nada grave porque nasce da extravagância de um amor esdrúxulo...

segunda-feira, agosto 21, 2006

Silêncio!

O silêncio afasta a cada palavra que escondemos dentro dos lábios fechados.

Afasta ainda mais quando na boca se enrolam coisas por dizer.

Palavras mudas que se vão mastigando com gestos suaves para não tornar o silêncio mais duro e pesado, num mastigar que não para nunca e que só engole com o grito da voz.

E com gestos leves, e em silêncio, vou de mansinho ficando mais longe, longe do mundo, longe dos outros, das palavras. Porque em silêncio elas abafam-se e tornam-se a cada dia mais difíceis de soltar, de mastigar.

E prevejo que o próximo grito seja difícil de entender. Este novelo de sons gritado, vomitado de uma vez só, seguramente enredará o que está à minha frente, deixando-me a mim ainda mais só.

E ser sozinho é muito bom quando é isso que se quer. Mas sê-lo amando alguém… Oh meu Deus, isso não é uma dor qualquer!



Eu cá gosto de ouvir, entreter-me a desempeçar, não só aquilo que oiço mas aquilo que também eu tenho para desabafar! E se o problema é a voz e ter medo de ouvir, podemos dizer baixinho sem ter que engolir!

sexta-feira, agosto 18, 2006

Sem esforço

Não tenho que lutar...

Eu não tenho que esforçar-me por um algo que tenho naturalmente, que sinto já sem ter que sentir porque é tão espontâneo que acontece ao existir.

E existo todos os dias, a cada instante, deixando amor em cada passo errante, amando tudo o que há para amar, desesperando-me por isso não chegar!

E estou triste porque a tua escolha não foi tão fácil como a minha, mas procuro forças em mim para esperar firme até esse dia. Um dia vago, lá longe, que a razão diz que nem vai existir, mas para quem ama é impossível de desistir. E eu não desisto nunca, mas sempre sem ter que lutar, porque no amor não há esforço, não há combate, só há gostar.

E na chicotada de uma mentira que bateu forte no chão, senti o estrondo profundo que me trouxe a razão. Percebi que há escolhas que me superam e que me magoam menos se eu não estiver por perto, sem pressão.

Pego nos trapos, na dor, em mim e vou para longe, longe do meu mais querido amor. Mas o amor tem um segredo, um segredo intrigante que só ele conhece, o de fazer-se sentir mesmo quando existe distante.

Eu acredito paciente nessas promessas singulares, que o amor que sinto me fez. De que me queiras perto de ti, no calor do teu corpo, que me queiras abraçar e estender isso ao comprido em todos os dias do tempo que nos falta por passar.

sexta-feira, julho 28, 2006

Pelas férias na Madeira...

Um tributo ao homem mais lindo... recordando as que foram as férias melhores do mundo!
Obrigada bé, adorei e amo poder ter estas recordações...

"Mais vale um Pestana Atalaia, que uma atalaia na pestana!"

domingo, julho 23, 2006

Como sou...

Sou muitas coisas, muito diferentes, muitas vezes ao dia, todos os dias…

Hoje sou caracol que arruma as ideias dentro da casca

Casa de paredes grossas forradas a historias de uma vida minha

Minha mas de muitos e muitas também

Tenho as asinhas guardadas, a ganharem força para voar

Preciso de arrumar a casa e ter força, força para me pôr a andar!



13a a ponderar aquelas viagens de nunca mais voltar

sábado, julho 22, 2006

Coisas antigas...

Sinto aquela dor antiga, aquela que vem do princípio de nós mesmos, dos tempos onde começamos a crescer. No meu caso, comecei nova, ainda criança, ouvindo os desabafos que ainda hoje se mantêm… com menos desespero, menos lágrimas, uma maior aceitação, mas … ainda se mantêm.

Problemas que seguem porque se há algo que não se pode alterar é o pai que temos, ou os problemas que ele próprio não quer resolver. Vivo essas coisas um pouco em silêncio, constrangida pelo contexto em que tudo isto se passa, triste por pensar que a altura não seria a melhor, mas que posso eu fazer... senão ter paciência e esperar que umas palavras doces me afaguem a alma cansada disto.

Retorço-me porque esta tristeza crónica se estende e me afecta em muitas coisas, me deixa numa situação onde pouco há a fazer e onde estou segura que o pouco que há já está a ser feito. Apesar de tudo são muitas as doses de amor que usamos na esperança de estarmos já em processo de cura.

Gostava de ter mais força, aquela força que vem de coisas simples como um ‘eu também!’, depois de investirmos em palavras doces cheias de mel e carinho para as nossas pessoas mais queridas. Quero essa força que vem das festas no cabelo e do quente dos braços que nos enrolam … não exijo, mas gostava. Começo a estranhar o já não haver resposta, quando a resposta pode ser apenas um sorriso ou um gesto simples.

O que me acalama e refresca é a possibilidade desta estranheza ser apenas um contagio necessário, visto que a nossa imperfeição não nos permite separar as coisas e as cores mesclam-se tornando dificil perceber onde está cada tom...

quarta-feira, julho 12, 2006

E fui para perto de ti!

Dedinhos vão rolando passando pelas letras soltas,
num ritmo frenético juntam-se, juntando ideias revoltas…

mas na sua maioria penso em ti e em mim, nos teus pais e nos meus, na tua vida e na nossa porque uma minha já cá não está, foi-se embora viver contigo.

Mas que não pareçam tristes estas palavras que escrevo, porque a minha sozinha era triste e por isso foi-te encontrar. Fazes dela uma feliz daquelas que quase não há, não há porque não se acredita como eu acreditei que ser feliz é fácil e basta saber-se que o é.

Não podemos esperar desesperados por uma felicidade que virá, desprezando os sorrisos presentes mostrando que afinal ela já lá está.

Tu abriste-me os olhos depois de ter a minha vida aí, sossegada ao pé de ti… quando eu já não a controlava para repetir e repetir que assim não era feliz.

E esta entrega a muitos parece estranha porque devemos ser sozinhos para mostrar forças construídas com razão contra uma vida cada dia mais esquisita que esquece a emoção.

Eu não…

Emocionei-me e escolhi esta entrega e por isso sou feliz, agradeço à minha vida ter-me deixado por ti, capaz de fazer o que eu não fiz.

Não me entreguei marioneta para ser controlada, deixei foi os fios para trás e percebi como é bom (mais que isso, muito mais) ser amada.

segunda-feira, julho 10, 2006

As melhores férias do mundo!


Foi lindo e ver o mar...
Ve-lo trazer e levar
Levar aquelas coisas que eu queria deixar!

Sentir a areia na pele,
Sentir a minha pele na tua
Sentir a tua salgada
Sentir a pele molhada

Poder secar-me ao sol
Sem ter pressa de nada
Só pressa de te sentir
Pressa de me sentir amada... obrigada bé

sábado, julho 01, 2006

Amor de Mãe, amor fraternal, morrer de amores... Amor... tão dificil amar...

Não queria falar porque um corpo triste bafeja palavras tristes, mas não quero deixar e deixar e ficar muito mais tempo a calar!

Então venho desabafar e neste desabafo surdo só posso deixar as ideias e vontade que tenho de não lutar.

Uma luta ingrata, ganha quem mais puxar!

Puxar para seu lado um prémio com vida, um prémio que ama quem ama e não vai deixar de amar se eu não ganhar… por isso recuso-me a lutar.

Recuso aceitar entrar numa luta ingrata.

Disputas onde não há nada a disputar… são amores diferentes e que nunca se vão poder trocar por isso não há nada, mas mesmo nada para lutar!


Amor - do Lat. amore

s. m.,

viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;

inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva;


Amor… conceito que abrange várias tipologias e por isso podemos dizer que há várias maneiras de amar…

Passional - do Lat. passionale

adj. 2 gén.,

relativo a paixão;

susceptível de paixão;

Filial - do Lat. filiale

adj. 2 gén.,

próprio de filho;

que tem filiação; relativo a filho;

segunda-feira, junho 05, 2006

Horas mortas... curvadas

Horas mortas... curvadas aos pés do Monte!
Florbela Espanca in Árvores do Alentejo

Os momentos não passavam, teimavam em parar e gozar os momentos mortos. Os momentos divertiam-se nesses momentos tortos... momentos que se prolongavam, que se estendiam, que colavam os dias e que em pouco eram meses, e olhando para trás foram anos... Cada coisa pequenina não tinha sentido! Não tinham sentido nenhum porque mesmo que fossem grandes nem assim o possuíam... o sentido vivia longe, perdido de mim, vagueava solto sozinho sem me querer encontrar...

Mas em silêncio gritei, gritei muito, fi-lo para dentro onde ninguém ouvia, gritei tanto que me assustei... então fui á janela, ver o sol, acalmar-me, ver a vida, a vida que passava de mansinho! Vim ver os outros, ver como nem eles a vêem passar. Olhei em frente e estavas tu. Naquela teia de olhares, no fundo do meu estava o teu que só olhava para mim. De uma janela igual à que foi minha, chamaste-me para entrar...

... nunca mais quero sair!

sábado, maio 27, 2006

Quero ir ver o mar...

Quero muito ir a praia, quero ir ver o mar…
Como derrama as lágrimas e se arrepende e recolhe o que volta a derramar.

Quero ficar assim algum tempo, até eu mesma deixar-me ir…
Nesse jogo desgraçado de chorar e partir

E voltar muito depressa com uma nova dor para chorar
Uma nova onda bonita que tráz um doce sabor de mar

Um sabor que nunca é triste, mas que sabe a chorar
Porque sempre se renova neste ir e voltar

É um chorar que liberta e nos limpa
Das mágoas que criamos e teimamos em acreditar

Porque se olharmos o mar
Percebemos a beleza de tudo e sorrimos... e esquecemo-nos de chorar.

sexta-feira, maio 26, 2006

A melhor surpresa do Mundo!!!!

Os olhos vagueiam pela rua e acompanham cada luzinha como se fosse importante, mas não é… O corpo imóvel dá-me ainda mais a sensação de que o meu pensamento se mexe rápido e voa para longe… para perto de ti.

O meu coração estremece e percebo que tenho de o chamar rápido… o meu pensamento que volte porque afinal estás aqui! Não faz falta estar perdida lá tão longe. Tu vieste aqui!

E agora percebo o quão gosto de surpresas destas. Não pensei gostar tanto porque, mesmo criativa, não me lembrava que era assim. O coração estremece e nem acredita que és tu. E num primeiro segundo não és! Já estou habituada a ver-te em cada homem que entra por aquela porta, em cada homem que passa lá fora, porque os meus sentidos estão moldados a ti e o meu coração quer ver-te em tudo. Por isso estou habituada a ignorar esse primeiro instante… mas depois continuaste a ser tu em cada momento seguinte e a alegria encheu os meus lábios de um sorriso enorme. Aquele que só existe desde que tu existes assim na minha vida.

E à tua frente, na tua presença, já me reconheço. Já estou completa e o meu pensamento regressou para imaginar que os segundos são espessos e os minutos melosos, que demoram mais tempo que os outros. Não quero que o tempo pare porque quero muito vive-lo contigo, mas agradeço que vá devagar, com calma porque quero apreciar-te(-nos) quero ter-te(-nos) no paladar e não tragar de repente… amo-te(-nos)

(sim!!, -nos, sem presunção, não te amo a ti apenas, amo também o que há entre nós! e amo-te perdidamente quando estás comigo!)

OBRIGADA

quinta-feira, maio 25, 2006

Hoje no jardim da Celeste!

E aí está um dia horroroso a cobrir o meu jardim! Mas os jardins têm destas coisas, são jardins para todos os dias que se lhe apresentam e não existem apenas quando há sol…

Eu estou estranha, aquela estranheza que sentimos sempre que há dias destes e que por isso não devia ser estranha mas é. A cabeça pesa e estou quase sempre a semi-cerrar os olhos porque o céu voa baixo e cinzento. Talvez por isso só me visitem ideias estranhas que batem à porta e querem entrar, mas eu não tenho disposição para isso… Hoje apenas tenho disposição para coisas belas com cor, para disparates já chega o dia estar como está em plena Primavera.

Por isso penso em nós, doçura…

E já posso abrir os olhos com toda a vontade do mundo porque para mim és como o sol que entra sem pedir porque sabe que o deixamos entrar…

Os pensamentos são doces como as carícias das asas das borboletas que me plantas no estômago em cada instante que me abraças…

Que bom este momento de descanso aqui, longe de ti.

Sim porque só longe de ti posso pensar em ti. Perto nunca penso, porque quem ama não pensa, nem faz falta pensar quando está a amar!

Bé...

Se é o esquerdo o lado do coração
É esse o que me puxa e me leva pela mão…

O outro fica para trás
Lá longe na solidão

Eu sozinha era inteira,
Inteira numa só

Mas prefiro ser metade
Uma metade verdadeira

A mãozinha doce é tua que me ajuda e envolve…
No caminho deste lado onde tudo, mas mesmo tudo, tudo se resolve.

terça-feira, maio 23, 2006

Giroflé Giroflá ... Um jardim celeste....

... Um jardim onde quero semear ideias…