sexta-feira, agosto 18, 2006

Sem esforço

Não tenho que lutar...

Eu não tenho que esforçar-me por um algo que tenho naturalmente, que sinto já sem ter que sentir porque é tão espontâneo que acontece ao existir.

E existo todos os dias, a cada instante, deixando amor em cada passo errante, amando tudo o que há para amar, desesperando-me por isso não chegar!

E estou triste porque a tua escolha não foi tão fácil como a minha, mas procuro forças em mim para esperar firme até esse dia. Um dia vago, lá longe, que a razão diz que nem vai existir, mas para quem ama é impossível de desistir. E eu não desisto nunca, mas sempre sem ter que lutar, porque no amor não há esforço, não há combate, só há gostar.

E na chicotada de uma mentira que bateu forte no chão, senti o estrondo profundo que me trouxe a razão. Percebi que há escolhas que me superam e que me magoam menos se eu não estiver por perto, sem pressão.

Pego nos trapos, na dor, em mim e vou para longe, longe do meu mais querido amor. Mas o amor tem um segredo, um segredo intrigante que só ele conhece, o de fazer-se sentir mesmo quando existe distante.

Eu acredito paciente nessas promessas singulares, que o amor que sinto me fez. De que me queiras perto de ti, no calor do teu corpo, que me queiras abraçar e estender isso ao comprido em todos os dias do tempo que nos falta por passar.

Sem comentários: