sexta-feira, julho 20, 2007

I love everything in You that hurts



Esta imagem é-nos oferecida por Emily Martin, vive ela, como muitos de nós ... (Inside a Black Apple)

Conversas com Deus...

No filme, há uma parte que me sensibilizou particularmente, o empregado da limpeza de um estúdio onde Neil vai falar, aproximasse dele e falam um pouco sobre o seu livro. Uma visão humilde e não intelectualizada, onde o Sr. diz que foi através do livro que conseguiu perdoar a raiva e ódio que sentia do seu pai, havia já muitos anos. mas o melhor de tudo, tinha sido a descoberta de que os sentimentos que projectava no Pai eram os mesmos que sentia em relação a si mesmo, e conseguiu, depois disso perdoar-se também... Recorda a Neil uma parte do seu livro que o sensibilizou...

Deus:

My most common form of communication is trough feeling. Feeling is the language of the soul. If you want to know the true to you about something look down at what you feeling about it.

A forma de comunicação para Mim mais comum, é através dos sentimentos. Sentimentos são a linguagem da alma. Se queres saber qual a tua verdade em relação a qualquer coisa, olha para os teus sentimentos, o que sentes em relação a isso.

E o facto de dizer Look Down (olha para baixo, para os tes sentimentos) ainda me deixa mais sensibilizada, porque interpretei logo como 'eleva-te' abre a tua consciência. É de há muito tempo que sabemos que quem está perdido procura um ponto mais alto para poder ver melhor onde está, ou encontrar o que procura.... Que lindo.

Obrigado por falar connosco assim, ás vezes não temos a clareza de olhar ao que sentimos.

Obrigado


segunda-feira, julho 16, 2007

Marionetas, manipulados pelo próprio desejo de não mudar

Reflexão

Deparo-me, nos últimos dias, com bastantes desabafos de amigos desesperados sobre as suas própria vidas. Tento sempre não intervir, mas num dado momento pedem a minha opinião.

Então, pergunto, e se mudasses tu um pouco? Se tentasses reflectir o que há em ti que te leve a ficar desconfortável?

As respostas são várias, desde a mudança total de assunto numa acusação imediata: “É horrível que leves a tua vida em função de uma pessoa que não gosta de ti.” Sem que isso tenha vindo a propósito e sem que isso seja verdade. Até à triste conclusão, “não, não, não (acompanhado por um abanar de cabeça)… o meu caso é bem mais complicado que o teu porque eu estou bem, só precisava é que eles, à minha volta mudassem”.

Qualquer pretexto é bom para crescer e aprender e porque não faze-lo naquilo em o outro espelha de nós? Mas essa atitude é de imediato levada para um acto de submissão sem sentido, “não tens de mudar só porque não és correspondido! Não tens que mudar por ninguém!” Claro que não, essa mudança faço-a por mim mesma, mas só me dei conta que a teria de fazer, quando me vi no outro, quando percebi o que me incomodava na relação com o outro. A revisão pelo outro é bastante simples e ao mesmo tempo muito complexa.

Partindo de o principio de Hermes de que Tudo o que está em cima é igual ao que está em baixo e que, tudo o que está dentro é igual ao que está fora… Podemos entender que o mundo tem muito de nós. A interna autodestruição de cada ser que deveria brilhar está a descuidar a Natureza, provocando buracos no Ozono tão grandes quanto os corações vazios que vagueiam pela rua sem esperanças.

Quando me deparo com o pensamento de que a felicidade depende exclusivamente do outro parece-me, realmente assustador. Como pode ser a vida de uma pessoa que vive passiva a sua vida e que depende de alguém para ser feliz? Vida vazia e triste certamente, cheia de desespero porque o outro não muda como ela quer. Ela está bem, não quer ser mudada e quer todo o respeito nesse sentido, mas não pensa no desejo de respeito que o outro poderá ter também, ele está mal, ele tem de mudar.

No meu caso, a auto punição era excessiva, eu tinha tudo mal, claro que tudo o que estava fora de mim também estava mal, tudo o que está fora é como o que está dentro e dentro sentia uma insatisfação profunda. A verdade é que grande parte da mal do mundo residia mesmo em mim porque no que me correspondia, e sou uma grande parte, uma parte tão divina e essencial como outra qualquer, eu não estava a cumprir e aquilo que espelhava não era nada bom.

As pessoas desejam mudar as suas vidas de modo urgente, mas quase nunca estão dispostas a faze-lo. Apercebo-me disso de modo gritante. Pediram primeiro aprovação da ciência, já falados nos campos electromagnéticos e na prova cientifica do poder de atracção dos pensamentos e das emoções humanas, posto isto, a solução de mudança já não reside na dúvida de um processo mas sim em que o mal está nos outros.

Toda a gente proclama a simplicidade e o que há de mais simples que a resposta para a minha vida residir dentro de nós? Na lei simples de que aquilo que somos será aquilo que atraímos, as the mind so the man, as the man so is life … (esta ultima parte, um acrescento oportuno num dito muito querido da mestre Nalanie.

Mas é muito duro assumir que nós temos grande responsabilidade naquilo que nos acontece na nossa vida. Como será assumir que não serei feliz por causa de mim mesmo?

- AHhh Qual quê? Não pode ser, eu sou feliz se o meu patrão me pagar mais,

se ele voltar para mim,

se a minha mulher finalmente assumir as suas culpas, se todos cumprirem a sua parte…

Sei que é difícil na primeira pessoa, também pensei que a minha vida dependeria do outro, do dinheiro, do curso, responsabilizando-me um pouco mas atribuindo protagonismo a factores exteriores. É bastante difícil assumir as culpas porque nunca podemos deixar de pensar em culpas mas a verdade é que feito esse descobrimento, a primeira parte é o perdão, e, experimentando o perdão em nós, é bem mais fácil vê-lo no outro, perdoar o outro.

No entanto esta descoberta terá que cada um faze-la a seu tempo, não precisando nunca de demonstrar-me nada porque eu já sei que ver os resultados nunca ajudou ninguém. Quantas vezes os meus mestres me disseram coisas como estas e eu me senti desamparada e incompreendida?

A minha grande questão é, se estão bem e se é o outro a razão de tamanha infelicidade e vazio, porque querem mudar as vossas vidas, porque me falam nisso, porque procuram que a ciência vos prove que há energias de pensamentos, que há lei de atracção, porque se desgastam em saber se o mal nunca está dentro do ser? Nesse caso, o ser deve manter-se, se nada em si mesmo está mal, tudo deve ser igual, não?

Digo muitas vezes, se sempre fizeres aquilo que sempre fizeste só vais ter o que sempre tiveste, e o único que sei é que, a mim, esta norma me tem ajudado. Descobri o amor e percebi que tudo é lindo e divino, mas como sou feliz com coisas simples e não ando eufórica, sou fantasiosa e estranha. O que é certo é que me sinto em paz e plenamente feliz. Choro? Sim. Bastante, claro. Mas não se virmos algumas actividades como tentativas passivas de recalcar/ esconder o que sentimos não será menos violento chorar que arranjar uma úlcera nervosa. Expelir em vez de engolir. Reciclar em vez de deixar apodrecer escondido em nós o que há para viver? E se o habitual é confortável porque o desconforto?

Trabalhar o ser e transmutar o nosso interior para sermos melhores é sem dúvida o trabalho mais árduo que existe. Se cada um se mantém igual a si mesmo sem se dedicar a esta mudança interior, porque estão tão cansados?

Se o amor não existe, porque vivem tão tristes a vossa solidão na busca de preencher esse vazio com actividades imensas?

Computador, filmes, tv, séries, rádio, filmes, séries, computador, tv, net, cafés… tudo cheio de actividade para não haver espaço nem tempo para esta mudança. Se estão bem sós porque falar na net? Porque buscar a relação que não vamos nunca querer ter, porque ter uma relação com outro ser humano implica aproximarmo-nos mais de nós mesmos e daquilo que temos mal…

Se já fizeram de tudo e nada resultou, porque não aceitar que a resposta pode estar no único que ainda não fizeram. Parar e olhar para dentro pode ser uma experiência, tão boa como olhar para o mar, comer um pêssego ou fazer seja lá aquilo que for que cada um goste… Estas actividades existem, são boas, mas podem ser tão melhores e alvo de muito maior desfrute se encurtarmos a distancia entre nós e nós mesmos e as realizarmos porque dentro de nós, há vontade de o fazer sem camuflar nada mais.

Las luces se han apagado. Es hora de salir a escena. No seas una marioneta, córtate los hilos, levántate y reivindica en libertad.

Retirado do blog Ana Isabel capilla, não sei se será autora da imagem também...

O único que sei é o que oiço todos os dias na voz de Desree... All I know is ... Love will save the day...



Na primeira ilustração, retirada de um dos blogs de ilustração favoritos.. eendar* Mónica Calvo apresenta-nos Scott radke

A ultima, inspiração do museu de marionetas de Lisboa

sexta-feira, julho 06, 2007

All is full of love...

Gosto de ti

como a onda do mar,

como o pinhão do pinheiro,

como a árvore da chuva e das raízes que tem,

como os olhos gostam de piscar e como piscar é bom para os olhos tu és bom para mim…

não és bom nem mau, não és nada para mim…

não me falas, não resmungas, já nem acusas mais, queres-me assim, longe te ti, como eu te quero perto de mim.

Mas é bom assim também... as lágrimas que chorei sentem-se bem...

Elas já encontraram o mar e juntaram-se a Ele por ti... só com este amor que te tenho puderam brotar assim… com força tão grande para ir até ao fim.