segunda-feira, abril 09, 2007

O Amor...

O amor é...

Uma coisa que não perdemos quando damos - volta sempre para nós.
Ditado Tradicional

- mais dói, dizem muitos, dói muito!

O amor é doloroso porque abre caminho à bem-aventurança. O amor é doloroso porque transforma, o amor é mutação. Cada transformação é dolorosa porque o hábito tem que dar lugar ao novo. (...) É a mesma dor que a criança sente quando sai do interior do ventre materno. (...)

E porque a transformação será do eu para um estado de ausência do eu, a agonia será profunda. Mas não poderá alcançar o êxtase sem passar pela agonia. (...)
Sofrer com amor não é sofrer em vão. Sofrer com amor é criativo; eleva-nos a níveis mais altos de consciência. (...)

Devemos ir até ao amor. Esse é o primeiro passo para Deus, e não pode ser ultrapassado.

Responde Osho in Amor,Liberdade e Solidão

sábado, janeiro 27, 2007

Desculpa se não percebi...

Como posso esperar que me respondam se nunca te respondi.

Escreveste desesperado cada momento de amor que viveste, cada um em que sofreste e sofreste em cada um dos que viveste.

Suavizavas com tinta as coisas do coração, esvaziando-o a cada letra, deitando nelas a paixão que pesa tanto dentro de nós… e pesa porque é sozinha… não tem onde se agarrar e procurava nas letras as amarras para se salvar…

E de braços no ar gritavam para mim, as palavras de sentimentos sem fim, que eu nunca correspondi… porque achava em mim prepotente que o amor basta sentir, sabendo hoje na pele o que é amar sem sorrir… sorrir de ver chegar um retorno que só existe ali…

Mas como posso esperar se nunca te respondi.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Se importasse o que sinto, como me sentiria?

E assim me sinto jogada
A um vazio imenso
Amar sem ser amada
Sofrimento intenso

Mas aqui estou jogada
Porque quem o sente sou eu
Sou eu que amo e nada…
Problema que em mim morreu

E se já não existe assim
Como problema em mim
Existe crescente em dor
Porque amo sozinha este amor

E assim me sinto jogada
Sem poder fazer nada
Esperando desesperada
Esperando por ser amada

sábado, janeiro 06, 2007

Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Sophia de Mello Breyner Andresen














Como é estranha a minha liberdade
As coisas deixam-me passar
Abre alas de vazio para que eu passe
Como é estranho viver sem alimento
Sem que nada em nós precise ou gaste
Como é estranho não saber


in
No Tempo Dividido

quarta-feira, dezembro 27, 2006

"Eu não sou nem sou o outro... sou qualquer coisa de intermédio..."

Sendo duas muito próximas nem sei já quem sou…

Uma é a sombra que envolve e a outra não é mais que uma sombra que a acolhe… e entre dois cinzentos que se abraçam aqui estou, fora deles olhando para descobrir onde acabam e começam, para saber onde estou.

Mas estas sombras abraçadas dançam alegres, sem vontade de parar ou de me levar, e eu triste vou embora sem vontade de voltar.

Então o que sou e onde vou? Não sei para onde caminho… mas faço-o vazia de mim, as sombras que sou abandonaram-me deixando-me num nada sem fim

terça-feira, dezembro 26, 2006

Lágrimas

Desce pela cara leve e solta, parece bonita transparente mas leva consigo tudo de mim o que consegue carregar… e é muito… são sorrisos, força para continuar…

O corpo vai cedendo e está a perder as forças porque cada uma que me abandona faz isto comigo, descem lampeiras as lágrimas e já não querem voltar…

Já nem levam muito tempo a decidir que não vão ficar, num momento qualquer nascem gordas ao canto e sem medo jogam-se ao mundo, ás vezes já nem precisam do aconchego da pele para ir descendo… vão logo dali ao chão decididas a não voltar mais.

Se as minhas lágrimas fossem coisas seriam muitas coisas mas neste momento o que são? … formigas em carreirinha que abandonam a casinha e vão em busca de doce longe, muito longe daqui...

sábado, dezembro 09, 2006

O que fazer com a dor...

... nada melhor que aprender com ela.

Pego nela e vou embora, deixando de pensar como é duro senti-la pensando que de certo fará de mim alguém maior.

Quero deixar de sofrer porque sou esquecida ou adiada e quero muito começar a ser melhor para ser muito desejada, ou para nem fazer falta senti-lo porque em mim já estou completa.

Dia triste este o da ida, com tanta alegria escondida, quem é o aluno afinal que não gosta de aprender a ler ou a contar, para com leituras voar...

Espero tudo o que tiver que esperar por uma pessoa melhor em mim, desculpa-m aquilo que sou eu no fundo não sou ruim.


segunda-feira, novembro 27, 2006

sábado, novembro 18, 2006

Muito meu amor...

Beijos doces, carícias suaves, abraços quentes, olhos brilhantes, mãos carinhosas, corpo gentil que me recebe e se entrega sem pedir mais nada... cada coisa que és tem algo mais, tem sempre um apêndice, um adjectivo bom que te acompanha.


Não és, nem nunca poderás ser, uma palavra singular porque um idioma imenso possui adjectivos infinitos para te classificar... o nosso idioma... o do coração.

in rodopios 18.04.06

sexta-feira, outubro 06, 2006

A maré está a vazar...

Não sei para que escrevo nem para quem escrevo quando as palavras já não servem, sinto-me desesperada e não sei a que recorrer…

Mesmo quando recorri ás flores escrevi para ti…, mesmo quando recorri aos almoços, escrevi para ti, mesmo quando dormi contigo longe do meu sossego, sabes que tudo isso tinha por trás um texto transbordante de palavras de amor e de rimas tontas e imbecis que ilustram o amor intenso…

Amor intenso, é isso e só isso que sinto por ti, mas jogo com palavras e mudo aqui e ali. Para dizer sempre o mesmo, dizer que gosto de ti… e agora as palavras não são amigas porque são muitas e afogam-te de mim… o mar que escrevo enrola e está a vazar por ti!

quinta-feira, setembro 28, 2006

O que o amor precisa...

Precisava muito de dormir abraçada a ti....

sexta-feira, setembro 15, 2006

Ridículas...

Todas as cartas de amor são ridículas, já dizia Pessoa .. Pessoa que em cada poema revelava um pouco de cada pessoa que há em nós, já que havia nele um pouco de todos... ser tão grandioso que era!
E mais ridículas ainda são as esperanças românticas com o amor acopladas, esperanças que são fantasias, mas que quando as nossas forças fraquejam tornamos esperanças, adiando o nunca para um amanhã que existe sempre...
Mas nunca deixa de ser nunca porque, a cada dia, o primeiro que faz é vestir-se de novo de amanhã... e a esperança vai-nos lançando, cheios de força, para a frente, e sem chegar já nem precisamos que chegue porque fizemos sozinhos aquilo que na esparança fariamos os dois, num acto de amor exacerbado provando ao mundo que o que disse era mentira!

E é mentira, mas o amor traz esperança e a mentira pode se-lo só amanhã... ou depois ou depois, ou depois, ou nunca se tivermos sempre esperança!

Sentimentos ridículos que nos dão esperança, em si grave, mas nada grave porque nasce da extravagância de um amor esdrúxulo...

segunda-feira, agosto 21, 2006

Silêncio!

O silêncio afasta a cada palavra que escondemos dentro dos lábios fechados.

Afasta ainda mais quando na boca se enrolam coisas por dizer.

Palavras mudas que se vão mastigando com gestos suaves para não tornar o silêncio mais duro e pesado, num mastigar que não para nunca e que só engole com o grito da voz.

E com gestos leves, e em silêncio, vou de mansinho ficando mais longe, longe do mundo, longe dos outros, das palavras. Porque em silêncio elas abafam-se e tornam-se a cada dia mais difíceis de soltar, de mastigar.

E prevejo que o próximo grito seja difícil de entender. Este novelo de sons gritado, vomitado de uma vez só, seguramente enredará o que está à minha frente, deixando-me a mim ainda mais só.

E ser sozinho é muito bom quando é isso que se quer. Mas sê-lo amando alguém… Oh meu Deus, isso não é uma dor qualquer!



Eu cá gosto de ouvir, entreter-me a desempeçar, não só aquilo que oiço mas aquilo que também eu tenho para desabafar! E se o problema é a voz e ter medo de ouvir, podemos dizer baixinho sem ter que engolir!

sexta-feira, agosto 18, 2006

Sem esforço

Não tenho que lutar...

Eu não tenho que esforçar-me por um algo que tenho naturalmente, que sinto já sem ter que sentir porque é tão espontâneo que acontece ao existir.

E existo todos os dias, a cada instante, deixando amor em cada passo errante, amando tudo o que há para amar, desesperando-me por isso não chegar!

E estou triste porque a tua escolha não foi tão fácil como a minha, mas procuro forças em mim para esperar firme até esse dia. Um dia vago, lá longe, que a razão diz que nem vai existir, mas para quem ama é impossível de desistir. E eu não desisto nunca, mas sempre sem ter que lutar, porque no amor não há esforço, não há combate, só há gostar.

E na chicotada de uma mentira que bateu forte no chão, senti o estrondo profundo que me trouxe a razão. Percebi que há escolhas que me superam e que me magoam menos se eu não estiver por perto, sem pressão.

Pego nos trapos, na dor, em mim e vou para longe, longe do meu mais querido amor. Mas o amor tem um segredo, um segredo intrigante que só ele conhece, o de fazer-se sentir mesmo quando existe distante.

Eu acredito paciente nessas promessas singulares, que o amor que sinto me fez. De que me queiras perto de ti, no calor do teu corpo, que me queiras abraçar e estender isso ao comprido em todos os dias do tempo que nos falta por passar.

sexta-feira, julho 28, 2006

Pelas férias na Madeira...

Um tributo ao homem mais lindo... recordando as que foram as férias melhores do mundo!
Obrigada bé, adorei e amo poder ter estas recordações...

"Mais vale um Pestana Atalaia, que uma atalaia na pestana!"

domingo, julho 23, 2006

Como sou...

Sou muitas coisas, muito diferentes, muitas vezes ao dia, todos os dias…

Hoje sou caracol que arruma as ideias dentro da casca

Casa de paredes grossas forradas a historias de uma vida minha

Minha mas de muitos e muitas também

Tenho as asinhas guardadas, a ganharem força para voar

Preciso de arrumar a casa e ter força, força para me pôr a andar!



13a a ponderar aquelas viagens de nunca mais voltar

sábado, julho 22, 2006

Coisas antigas...

Sinto aquela dor antiga, aquela que vem do princípio de nós mesmos, dos tempos onde começamos a crescer. No meu caso, comecei nova, ainda criança, ouvindo os desabafos que ainda hoje se mantêm… com menos desespero, menos lágrimas, uma maior aceitação, mas … ainda se mantêm.

Problemas que seguem porque se há algo que não se pode alterar é o pai que temos, ou os problemas que ele próprio não quer resolver. Vivo essas coisas um pouco em silêncio, constrangida pelo contexto em que tudo isto se passa, triste por pensar que a altura não seria a melhor, mas que posso eu fazer... senão ter paciência e esperar que umas palavras doces me afaguem a alma cansada disto.

Retorço-me porque esta tristeza crónica se estende e me afecta em muitas coisas, me deixa numa situação onde pouco há a fazer e onde estou segura que o pouco que há já está a ser feito. Apesar de tudo são muitas as doses de amor que usamos na esperança de estarmos já em processo de cura.

Gostava de ter mais força, aquela força que vem de coisas simples como um ‘eu também!’, depois de investirmos em palavras doces cheias de mel e carinho para as nossas pessoas mais queridas. Quero essa força que vem das festas no cabelo e do quente dos braços que nos enrolam … não exijo, mas gostava. Começo a estranhar o já não haver resposta, quando a resposta pode ser apenas um sorriso ou um gesto simples.

O que me acalama e refresca é a possibilidade desta estranheza ser apenas um contagio necessário, visto que a nossa imperfeição não nos permite separar as coisas e as cores mesclam-se tornando dificil perceber onde está cada tom...

quarta-feira, julho 12, 2006

E fui para perto de ti!

Dedinhos vão rolando passando pelas letras soltas,
num ritmo frenético juntam-se, juntando ideias revoltas…

mas na sua maioria penso em ti e em mim, nos teus pais e nos meus, na tua vida e na nossa porque uma minha já cá não está, foi-se embora viver contigo.

Mas que não pareçam tristes estas palavras que escrevo, porque a minha sozinha era triste e por isso foi-te encontrar. Fazes dela uma feliz daquelas que quase não há, não há porque não se acredita como eu acreditei que ser feliz é fácil e basta saber-se que o é.

Não podemos esperar desesperados por uma felicidade que virá, desprezando os sorrisos presentes mostrando que afinal ela já lá está.

Tu abriste-me os olhos depois de ter a minha vida aí, sossegada ao pé de ti… quando eu já não a controlava para repetir e repetir que assim não era feliz.

E esta entrega a muitos parece estranha porque devemos ser sozinhos para mostrar forças construídas com razão contra uma vida cada dia mais esquisita que esquece a emoção.

Eu não…

Emocionei-me e escolhi esta entrega e por isso sou feliz, agradeço à minha vida ter-me deixado por ti, capaz de fazer o que eu não fiz.

Não me entreguei marioneta para ser controlada, deixei foi os fios para trás e percebi como é bom (mais que isso, muito mais) ser amada.

segunda-feira, julho 10, 2006

As melhores férias do mundo!


Foi lindo e ver o mar...
Ve-lo trazer e levar
Levar aquelas coisas que eu queria deixar!

Sentir a areia na pele,
Sentir a minha pele na tua
Sentir a tua salgada
Sentir a pele molhada

Poder secar-me ao sol
Sem ter pressa de nada
Só pressa de te sentir
Pressa de me sentir amada... obrigada bé