quarta-feira, maio 30, 2007

Sou feliz

Sou feliz. Sou, em estado de ser, não é um momento, uma hora, um olhar rasgado que se fecha num pestanejar… é mesmo assim, uma existência feliz. E choro muito, todos os dias, como quem lê o seu jornal, vou passando as folhas do que fiz e fui e vou-me limpando naquele sal feliz de quem está a crescer. E fiz tanta coisa mal, principalmente contigo meu amor. Mas nada disso me abate porque o amor é tão imenso que já me consigo perdoar por ter deitado tudo a perder, ou por não ter sabido deixar-te ficar aqui, a meu lado, onde gostavas de estar. Não maldigo os dias que passaram ou distorço aquilo que senti, vejo as coisas lindas que fiz e mais lindo ainda poder chorar hoje pelas que não soube embelezar em mim, sentindo a força de tudo, crescendo graças a ti.

Mas choras tanto, dizem-me eles. Fico triste, mas sou feliz… e tu? Meu amigo…

Eu sou triste e as vezes choro porque estou feliz

Eu prefiro ser feliz.

domingo, maio 27, 2007

Alegria...

No auge da minha alegria quero partilhar este acontecimento com os que conhecem o meu jardim. Sem grandes ambições e muito devagarinho comecei a caminhar, mas quando começou a acontecer aconteceu... :)

Na página do Diário do Alentejo onde estão anunciadas as exposições a decorrer no nosso querido alentejo deparo-me com o meu nome completo na Galeria do Posto de Turismo da Vidigueira e com uma participação na Min'arte na mina de São Domingos.

Fico muito feliz com estas duas participações.

Obrigado

segunda-feira, maio 07, 2007

Efémera ...

... preciso de falar com um cliente que durante toda a tarde não me atendeu o telefone. Isto não seria estranho se eu não vivesse hoje o dia que vivo cá dentro no meu coração e a música que o sr. tem enquanto o telefone chama não fosse a da efémera. Música que nos juntou e que quase me grita que eu não desista de ti.

Não sei já o que pensar.

domingo, maio 06, 2007

Prece

Senhor que és céu e terra, que és vida e morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - o teu templo - eis o teu corpo.

Dá-me alma para servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céus e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um Pai

Fernando Pessoa