Os meus olhos eram seus quando chegaste tu
Mas os meus sorrisos eram teus
Quando ele me descascava e me jogava ao frio a nu.
Mostravas sem medo o infinito dos Céus
Mostravas-me a força que é minha
Mostravas-me que os braços são teus
Que as mãos eram minhas
Mas o poder só teu
Porque sobre mim caminhas
Num corpo que não é meu
Os meus pensamentos dispersos
Fugiam de ti
Voavam para ele
Quando chegaste tu
Trazias os teus
Alegrando os meus
Mostrando de novo o céu
Mostrando de novo que sentir-me sozinha
não era um desejo teu
Mas às vezes tropeçava de novo
Sem roupa, ao frio,
O meu pensamento,
Cada vez mais vazio
Tudo deixado ao vento vadio
Vinhas valente
Sem medo nenhum
Relembravas de novo
Que no fundo só existe um.
Um poder infinito
O poder que é só teu
Que eu lhe dava a ele
Sem perceber que é meu
È meu porque o dás
A quem o queira ter
Porque o partilhas
Com quem o queira viver
Numa alegria profunda
Por sentir-te aparecer.
Começava a sentir o fogo lento
De um coração desatento
Que nem percebeu que tu estavas ali.
Que sempre tiveste
Que sempre me amaste
Que sempre gostaste mesmo que não percebesse
Nem que eu te desse o valor que eu mesma merecesse.
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