Como posso esperar que me respondam se nunca te respondi.
Escreveste desesperado cada momento de amor que viveste, cada um em que sofreste e sofreste em cada um dos que viveste.
Suavizavas com tinta as coisas do coração, esvaziando-o a cada letra, deitando nelas a paixão que pesa tanto dentro de nós… e pesa porque é sozinha… não tem onde se agarrar e procurava nas letras as amarras para se salvar…
E de braços no ar gritavam para mim, as palavras de sentimentos sem fim, que eu nunca correspondi… porque achava em mim prepotente que o amor basta sentir, sabendo hoje na pele o que é amar sem sorrir… sorrir de ver chegar um retorno que só existe ali…
Mas como posso esperar se nunca te respondi.
1 comentário:
a certeza é só um ponto
pendular
morada das horas
que alternam a luz
com a espessa sombra da noite
surripiado a Maria José Quintela em dolugardemim.blogspot.com
Enviar um comentário